quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O líder precisa ser generoso

O líder precisa ser generoso

Para o lendário CEO da General Electric, os administradores têm que se preocupar com seus funcionários e saber recompensá-los. Jack Welch quer ser lembrado como quem construiu e trabalhou durante muitos anos com uma das melhores equipes já montadas na história do mundo corporativo. Aos 74 anos, não é exagero dizer que conseguiu o feito. Nos 20 anos em que dirigiu a GE (1981-2001), a empresa viu seu valor de mercado passar de US$ 13 bilhões para US$ 400 bilhões. Hoje, autor de best-sellers, é presença constante nas escolas de negócios. Construir equipes talentosas é um dos principais desafios empresariais. Com a serenidade de quem acumula décadas de experiência, ele ensina que a generosidade é um dos principais fatores na formação de times vencedores. “Um líder precisa ser generoso. Ele tem que se preocupar com seus funcionários e com suas famílias. Ele não pode ser “mão de vaca”. Um bom líder deve adorar dar promoções e aumentos de salário” – é o que declarou Welch em uma vídeoconferência, segunda-feira (30/11), na ExpoManagement - 2009 em São Paulo. “Se você não tem prazer em dar aumento aos seus funcionários, que tipo de profissional é você? Você provavelmente deve estar infeliz consigo mesmo. Depois de cinco anos como CEO da GE, eu já tinha conseguido tudo o que queria. Foi muito bom ver os funcionários crescerem, melhorarem e conquistarem seus objetivos”, completou.

“Se você fosse montar um time de futebol, a quem daria mais importância: ao contador ou a quem seleciona os atletas? Houve uma inversão de valores nas empresas. É terrível que os diretores financeiros tenham se tornado mais importantes do que os de RH. É esse setor que cria as políticas de avaliação e desenvolvimento. E é muito importante ter precisão na avaliação dos funcionários. “Não é possível desenvolver uma companhia sem um bom RH”, disse Welch. Os recursos humanos constituem o maior ativo das organizações. Outro ponto essencial, segundo ele, é conseguir fazer com que os profissionais tenham paixão pelo que fazem, “que fiquem felizes ao saber que no dia seguinte voltarão ao trabalho” e “tenham orgulho do que fazem”. Para ele, não há meio termo: “Uma pessoa sem paixão é ruim como amante e ruim na empresa”. Dar feedback é também importante. É essencial que os funcionários saibam “o que o chefe pensa deles”. “Os profissionais precisam saber o que se pensa deles. Isso não pode ser escondido”, afirmou Welch.  Sinceridade, política de metas e de recompensas, tratamento humano e transparência, compõem a receita de Jack Welch para o sucesso na administração.

 

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